Literatura israelense | Leque mundial de cenários

Poeta que recria em hebraico paisagens emocionais, intelectuais e políticas ganhará antologia brasileira


Rami Saari
Rami Saari

Depois de ter traduzido para o hebraico dezenas de obras do albanês, do catalão, do estoniano, do finlandês, do grego, do húngaro, do castelhano, do turco e do português — de Fernando Pessoa e seus heterônimos até Herberto Helder e Sophia de Mello Breyner Andresen, de Eça de Queiroz aos brasileiros Jorge Amado, Ronaldo Correia de Brito, Andréa del Fuego e, mais recentemente, Luiz Ruffato (Flores Artificiais) —, o poeta Rami Saari, nascido em 1963 em Petah Tikvá, cidade próxima a Tel Aviv, terá uma antologia lançada no Brasil pela editora paulista Laranja Original: Por baixo dos pés da chuva. A grafia e algumas expressões foram adaptadas ao português brasileiro na edição, sem descaracterizar a estrutura da tradução lusitana, feita por Francisco da Costa Reis, com exceção, aqui, do poema “Grande sertão: veredas”, que verti ao português brasileiro.

Saari, que vive a maior parte do tempo entre os fusos horários de Helsinque e Atenas, é doutor em linguística pela Universidade Hebraica de Jerusalém. Recebeu em Israel o prêmio Tchernikhovski e o prêmio Primeiro Ministro para Obras Literárias. Sua poesia, rigorosamente escrita em hebraico, e que toca na temática homoerótica, abre um leque mundial de cenários. Ou seja, essa poesia acontece dentro do idioma dos profetas no qual são recriadas paisagens emocionais, intelectuais, artísticas, políticas, bélicas, memorialistas, de um ponto linguístico no Oriente Médio para vivenciar a amplitude do enigma rosiano chamado Grande sertão: veredas.


Moacir Amâncio | “Quatro cinco um”, 1.2.2023



PORTUGUESE POETRY translated by Saari to Hebrew
PORTUGUESE PROSE translated by Saari to Hebrew
Rami Saari’s page
Quatro cinco um


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